quinta-feira, 3 de maio de 2012

Fúria de Titãs



E essa briga de bancos privados vs Planalto?
Governo faz sua parte em parte, enquanto banqueiros se fazem de vítimas.

"Sua parte em parte" porque o argumento dos bancos privados é legítimo em cobrar maior segurança do Governo com títulos da dívida pública, além de medidas mais eficazes contra a inflação, coisa que não se vê com muita clareza até agora no governo Dilma. Ao mesmo tempo, Brasília não pode ceder aos interesses de banqueiros que atuam num dos sistemas bancários mais lucrativos do mundo!

O discurso da presidente na véspera do feriado do dia do trabalho nada mais foi do que uma maneira astuta de falar a grande parte da população - que não entende o vocabulário técnico dos economistas - para pedir apoio ao que a equipe econômica vem fazendo em relação aos juros, nunca antes tão baixos.

Em contrapartida, além dos argumentos já apresentados pelos bancos, o setor privado alega ainda haver muita inadimplência por parte dos brasileiros.

Mas oras, a inadimplência vista hoje em dia não é a mesma de anos atrás, quando vivíamos o fantasma da superinflação. Atualmente, o reflexo vem da crise mundial com a falta de crédito no mercado de uma maneira geral, levando o consumidor a priorizar o que vai pagar antes e o que fica para o mês seguinte, e por aí vai.

Sem falar esse "disse-me-disse" sobre a poupança. Mas é claro que tem que mexer na poupança! Se não, os grandes investidores migram para uma modalidade que tem como principal alvo o pequeno investidor e o cidadão comum! 

Contudo, a reforma tributária não pode ser posta de lado! Cabe à opinião pública cobrar com firmeza tais mudanças.
Não só a reforma tributária, mas uma ampla reforma política!

Um comentário:

Suporte Financeiro Fiscal disse...

Bem, Rafael.
Primeiro.A crítica é bem vinda, entretanto a crise é estrutural do Sistema Capitalista tendo em vista que a Globalização e a "Nova"Divisão do Trabalho Social conduziu a uma interdependência econômica que se não for bem negociada politicamente ocorrem os fatos que estamos assistindo na Europa.
O desemprego é estrutural e não tem emprego para a população Jovem, istoé aquela que está concluindo seus estudo e preparação técnica.
Falar de Reforma Tributária no Brasil é falácia porque no Brasil não podemos esquecer que existe Pacto Federativo, isso vale dizer que os 5.675 Municípios têm de se entenderem (ops!!Como!!!ISSQN), se os 27 Estados (ICMS) levaram de 1988 (CF) até 1995 (Rio de Janeiro) para se entenderem no SINTEGRA.
Seu ponto de vista está bem estruturado porém há que se ter cuidado com os conceitos abordados. Gostei da sua abordagem e abre um longo debate sobre o assunto.
Forte abraço.
Jorge.