segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pra frente Brasil!

"Brasil é a quinta nação mais sustentável segundo novo índice das Nações Unidas (ONU)." Porém, ao saber quem está na frente da seleção da presidente Dilma Rousseff, o que seria motivo de orgulho de crescimento econômico sustentável, ou seja, sabendo utilizar os recursos naturais de maneira inteligente sem que haja excessos sobre a natureza, descobrimos uma amarga decepção. Quem encabeça a lista é a China.
É de se desconfiar o cálculo feito por especialistas da ONU, uma organização que deveria ser isenta. Entretanto, "há mais coisas entre o céu e a terra do que possa supor nossa vã filosofia" e a China como expoente dos países emergentes e, a exemplo do Brasil, querendo ficar bem no cenário político-econômico mundial, levanta dúvidas quanto à imparcialidade do novo índice.
A começar pelo período que o estudo avalia: de 1990 a 2008. Na primeira metade desses 18 anos, a China era - e ainda é! - um dos maiores emissores de gás carbônico na atmosfera sem preocupações ambientais. Depois pela própria cultura, que não tem nada de sustentável. Muito pelo contrário! A "milagrosa" medicina tradicional chinesa, que coloca espécies da fauna selvagem em risco de extinção em detrimento de remédios que curam as mais variadas doenças sem o menor embasamento científico. Sem falar na agricultura, feita de forma agressiva sem sinais de sustentabilidade, ameaçando não só animais mas também devastando florestas. E finalmente, a necessidade de biocombustíveis faz com que o gigante asiático seja um dos maiores consumidores de carvão e petróleo para abastecer sua indústria, que além da poluição, faz vista grossa para problemas sociais ao fechar parcerias comerciais de caráter duvidoso, como é o caso do Sudão e a delicada situação de Darfur, onde China é seu maior e único parceiro comercial em troca de suas reservas de petróleo.
Quanto aos demais países que ficaram na frente do Brasil - Alemanha, França e Chile - mostram apenas que nosso país deve continuar investindo em políticas que tenham como meta um convívio amigável entre meio ambiente e progresso.
É o que já é feito, mostrando às demais potências mundiais que é possível cumprir metas de crescimento com sabedoria no uso dos recursos naturais. Um bom exemplo é o projeto do estádio nacional de Brasília, no Distrito Federal, onde há uma preocupação em aproveitar ao máximo a energia solar e o calor gerados para que se reverta na sustentabilidade da própria arena, não sendo necessários grandes gastos com energia elétrica. Além disso, o complexo é construído de modo a aproveitar o vento e amenizar o calor das pessoas presentes nos muitos dias quentes do planalto central.

Nenhum comentário: