DE VOLTA COM NOSSA PROGRAMAÇÃO NORMAL

CD ainda é lucrativo, dizem as fábricas

Lendo a manchete no Terra hoje (vide link acima), cheguei por um momento acreditar que estivéssemos dando a volta por cima nessa crise que vivemos na indústria do disco, com a pirataria cada vez mais ganhando espaço. Mas lendo todo o artigo, percebe-se uma certa saída pela tangente e uma abordagem sobre o tema de maneira superficial, levando o leitor a achar uma coisa quando na verdade é outra.
A matéria fala que a produção de CDs e DVDs, tendo como referência as duas maiores duplicadoras do país (Microservice e Videolar) estabilizou desde o ano passado, não tendo perdas. Só que se prestarmos atenção aos fatos apresentados, fala-se justamente de forma geral e não especificamente das mídias destinadas à indústria fonográfica, aquelas que se tornarão o CD do Caetano Veloso ou o DVD da Ivete Sangalo. Inclusive esse detalhe é bem lembrado por um dos entrevistados, Alfredo Gallinutti, gerente de desenvolvimento tecnológico da Microservice.
Ele frisa bem que a produção de CDs-R e DVDs-R para os mercados de informática e fotografia vão muito bem, obrigado. E conclui o que todos nós (ou pelo menos quase todos) sabemos, que o suporte físico para este segmento continuará por um bom tempo devido a sua praticidade e custo baixíssimo.
A verdade é que estamos longe de um veredicto final sobre esse debate, afinal são inúmeros os fatores que levam à crise. Mundialmente falando essa crise está estável há pelo menos 3 anos, desde que os iPods e MP3 tornaram-se uma coisa cotidiana, dando esperança e injetando gás no mercado musical. Pois sabemos que lá fora, os executivos tanto de gravadoras quanto de lojas do ramo souberam aproveitar a onda de novidades e hoje já colhem lucros, pequenos ainda diante dos anos de perda, mas são lucros, dessa nova aposta.
Resta saber se países como o Brasil vão ter esse mesmo tipo de visão e correr atrás do prejuízo. Posso adiantar, que por aqui, se for para correr atrás, a largada foi dada e esquecemos de começar a correr. Não se trata apenas de empreendedorismo e atitudes de um setor da economia e sim de toda a sociedade, só que isso é papo para outro dia.

Finalmente!

Assisti domingo ao lado da Nanda o tão aguardado filme do Batman. E que filme! Realmente o Coringa de Heath Ledger é o Coringa que todos os fãs de quadrinhos esperavam. Christan Bale firma-se como o legítimo Cavaleiro das Trevas e Gary Oldman mostra (mais uma vez) por que é Gary Oldman. Mas falar desses 3 seria desmerecer as outras atuações, todos do elenco estão de parabéns.
A direção de Christopher Nolan, que também co-assina o roteiro, é impecável, com um senso de continuação com relação ao 1º filme da franquia que poucos conseguiram até hoje. Sem falar no próprio filme, que é melhor que o anterior, onde o espectador fica esperando pela próxima cena e quando percebe já está vendo os créditos, ou seja, um filme agradável e que merece uma pipoca e, claro, uma companhia especial (qual é gente? Deixa eu rasgar uma seda da Nanda, vai!).
Contudo, todavia, doravante! Não posso esquecer dos comentários de meu amigo Helvécio em seu fotolog, onde também tece elogios à película em questão, porém lembra que não é o tão aguardado filme do ano. Talvez possa até ser, mas ainda temos aí 5 meses até o fim de 2008, além de 6 meses anteriores de ótimas produções também. Mas claro, ele foi certeiro ao dizer que trata-se de um ótimo filme de ação, há muito como não víamos e com ênfase a velhas técnicas ao invés de apelar tudo para efeitos de computador, garantindo muito mais grandiosidade no sentido artístico, que é o que a sétima arte prima!